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Parte I Cabos de Ignição: para que servem e cuidados na montagem

Cabos de ignição – Nesta edição, o Brasil Mecânico começa mais um manual técnico para ajudar os reparadores do Rio de Janeiro com suas tarefas diárias. Nós entendemos a complexidade do trabalho de reparação mecânica e, por isso, buscamos dicas e informações importantes com grandes empresas. Sabemos que cada detalhe pode fazer a diferença na hora de executar um trabalho bem feito. A partir deste mês falaremos sobre Cabos de Ignição. Fique atento e não perca essas dicas!

Para que servem?

A função dos cabos de ignição é conduzir a tensão produzida pela bobina (ou transformador), até as velas de ignição, não permitindo nenhuma fuga de corrente e garantindo o funcionamento do sistema de ignição.

Os tipos de cabos

Todo condutor elétrico gera ruído, esse ruído acima de 32 db interfere no sistema de injeção eletrônica do veículo, os cabos comuns atingem picos de 48 db o que gera graves interferências nos componentes eletrônicos do veículo, enquanto os cabos supressivos não ultrapassam os 26 db.

Cabo comum
Presente nos carros “mais antigos” que possuem sistema de ignição simples e de menor tensão. Esses veículos não possuem eletrônica embarcada e não exigem um material diferenciado. O condutor elétrico utilizado nesses cabos é o cobre;
Terminal Supressivo 

nesse caso o cabo é semelhante ao comum, mas no terminal existe um resistor de níquel-cromo que suprime os ruídos. A resistência é sempre de 5 a 7 KΩ nos cabos das velas e de 1 a 3 KΩ no cabo do transformador (Bobina), não importando o tamanho do cabo;

Cabo supressivo 

quando o cabo é supressivo, substituímos o tradicional cobre pelo níquel cromo. Esse níquel cromo tem 0,5mm de diâmetro e é disposto em espiral para gerar a resistência necessária e suprimir os ruídos. Quando cabo é supressivo a resistência deve ser de 7,5KΩ por metro (+ – 20%), ou seja, devemos dividir esse valor pelo tamanho do cabo para encontrar a resistência adequada.

Dicas e cuidados para a montagem

1 – Verifique os cabos a cada troca de velas (20.000 Km, em média);

2 – Substitua o jogo completo caso sejam notados fissuras ou desgastes em sua isolação externa ou em seus terminais;

3 – Com um multímetro, meça a resistência de cada cabo. Valores fora dos especificados podem indicar perda de capacidade condutiva;

4 – Observe atentamente o comprimento dos cabos, aplicando-os aos respectivos cilindros;

5 – Nos motores que possuem espaçadores para os cabos, utilize-os corretamente;

6 – Quando houver a necessidade da remoção dos cabos, puxe-os sempre por seus terminais;

7 – Nunca remova um cabo pelos elementos condutores;

8 – Em alguns modelos, o uso de ferramentas específicas é indicado;

9 – Nunca utilize ferramentas comuns, sob risco de danificar terminais e cabos;

10 – Ao conectar os cabos de ignição às velas, distribuidor e bobina, pressione seus terminais e certifique-se do perfeito encaixe.

OBS:

A Dayco recomenta que substitua os cabos preventivamente entre 40.000 e 50.000 km, para manter sempre o veículo eficiente, econômico e poluindo menos.

Este manual é fornecido pela Dayco, especialista em Cabos de Ignição

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