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Desgaste dos pneus – Não são poucos os motoristas adeptos da personalização de seus veículos. Alguns o fazem por gosto, para deixar esteticamente mais bonito, outros buscam incrementar o motor e alguns tentam tornar seus carros mais seguros mediante à violência urbana.

Independentemente do que procuram, boa parte deles acabam conquistando uma coisa em comum para seu automóvel: peso.

E quando se trata de ganho de peso, uma parte específica do carro paga as contas. No conjunto de suspensão, os efeitos serão mais sentidos pela “engordada” do veículo, mas quem mais vai sentir os quilos a mais vão ser os pneus. O desgaste deles nesses casos, aumentam consideravelmente.

Mudança do jogo de rodas para colocar um conjunto de aros 17”, implantação de cilindros de nitro, turboalimentador, tudo isso gera um peso significativo para quem quer buscar um carro mais bonito ou rápido.

Mas, quem quer ter mais segurança, sem dúvida sofre mais com as gordurinhas adquiridas. Por isso, é fundamental que se acompanhe com atenção a relação entre blindagem automotiva e os pneus.

Qualquer processo de aumento no peso do veículo deve levar em consideração todas as alterações realizadas no projeto original e afeta diretamente os pneus

Não são raros os questionamentos sobre o desgaste mais acelerado dos pneus em veículos blindados. Muitos usuários se queixam de que os pneus chegam prematuramente ao final de sua vida útil. O fato é que os veículos mais pesados demandam mais de seus pneus.

É necessária maior aderência para acelerar, para frear e para manter a trajetória em curvas, o que acaba por aumentar o desgaste e aquecer mais os pneus. A pergunta natural que vem na sequência é: quanto maior é esse esforço adicional?

A Física pode nos ajudar a responder essa questão. “Vamos considerar um veículo de 1.500 kg viajando a 110 km/h. Se ele frear fortemente até uma parada total, os pneus dianteiros podem experimentar uma força aproximada de 613 kgf cada um.

Em uma situação idêntica, esse mesmo veículo, com 300 kg adicionais de blindagem, passa a aplicar 735 kgf em cada um dos pneus dianteiros, um acréscimo de força de 20%. E aqui estamos falando apenas da situação de frenagem”, explica Rafael Astolfi, gerente de Assistência Técnica da Continental Pneus Mercosul. Ele lembra ainda que quanto mais pesado o veículo, mais intensa será a força aplicada aos pneus durante os impactos.

Teoricamente, devemos aumentar a pressão do pneu em 0.1 bar a cada 20 kg de carga adicionais. Considerando que a blindagem altera a distribuição de peso entre os eixos do veículo e que os pneus originais sejam mantidos, pode-se estimar que é necessário aumentar a pressão dos pneus traseiros em, no mínimo, 0.5 PSI a cada 100kg de blindagem adicionada.

Porém devemos avaliar também o aumento de pressão que pode ser necessário para adaptar o comportamento dinâmico do veículo, o que certamente demandaria ainda um aumento na pressão dos pneus dianteiros.

Após essa constatação, o usuário necessita ainda observar com cuidado a solução que será aplicada ao pneu contra perfurações. A alternativa mais adequada para os veículos blindados são os pneus runflat, aqueles que possuem insertos de borracha rígida em seus flancos, tornando-os aptos para rodar mesmo com pressão relativa igual a zero, como os pneus SSR (Self-Supporting Runflat) da Continental, que não dificultam o balanceamento nem a montagem e ainda podem ser utilizados em rodas convencionais, sem a necessidade de adaptação.

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