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Agora podemos começar uma análise de pontos que vão te levar a entender a necessidade de fazer a indicação mais correta e responsável ao seu cliente quando ele te procurar.

É preciso ter noção da importância dos amortecedores na estabilidade do carro, e consequentemente na responsabilidade que o motorista assume quando ele instala uma peça de origem duvidosa no seu carro.

Lembre-se que você está falando de veículos que pesam no mínimo uma tonelada e se deslocam a mais de 100 km/h.

Com esse peso e essa velocidade, um possível travamento do amortecedor poderá leva-lo a fazer uma visita bem desconfortável na pista contrária, em muitos casos não dando a chance de você consertar o erro na próxima visita do seu cliente.

Estamos falando de uma peça que trabalha mais de 1 milhão de vezes a cada mil quilômetros rodados. Então não existe a possibilidade de um recondicionamento mediano.

Ou ele é muito bem feito ou a peça não deve ser, em nenhuma hipótese, instalada.

Se você não se sentir seguro para fazer a avaliação da peça em si, o procedimento mais ético e correto é indicar ao seu cliente que compre a peça nova. O lucro nesse caso está longe de ser o ponto principal.

Não é que você não deva indicar ou trabalhar com esse tipo de peça. Em alguns casos será a única opção dentro do orçamento do cliente. Não haverá outra opção.

Além disso, há muitos profissionais sérios e responsáveis que realizam excelentes recondicionamentos, com ferramental apropriado, conhecimento técnico sobre resistência dos materiais, tipos de solda e tratamentos superficiais.

O problema é que são poucas as empresas gabaritadas para realizar esse tipo de reparo em uma peça de tamanha importância.

É preciso entender que uma peça recondicionada, que irá trabalhar 1 milhão de vezes em apenas mil quilômetros, não pode ser avaliada como boa ou ruim abaixando e soltando o carro logo após a instalação. Por isso, cuidado com o que lhe é oferecido.

Não se deixe levar por experiências isoladas. O fato de você nunca ter tido problemas com amortecedores recondicionados instalados, não o habilita a generalizar sobre a qualidade desta ou daquela marca.

Aqui quem manda são os dados estatísticos, e infelizmente o mercado não olha com bons olhos para este tipo de peça recondicionada, principalmente porque a durabilidade costuma ser inferior em relação às peças originais.

Como fazer um trabalho bem feito

Caso seja necessário o recondicionamento da haste, ele deve ser feito em retíficas. Nada de tornos. O objetivo é deixá-la na dimensão correta, com muita precisão e ótimo acabamento superficial, incluindo uma camada de cromo para endurecer a superfície, melhorando sensivelmente sua vida útil.

O óleo que é utilizado internamente deve ser obrigatoriamente óleo hidráulico, pois não pode sofrer grande variação de viscosidade quando aquecido. Isso implicará em alteração do comportamento do amortecedor, e consequentemente da suspensão. Em hipótese alguma pode ser utilizado óleo de motor.

A solda de fechamento do tubo é um item de grande responsabilidade e não deve ser feita com óxido acetileno, e sim com uma solda elétrica (MIG) de alta resistência.

Anéis e vedadores utilizados no recondicionamento devem ser fabricados com materiais específicos, que oferecerão resistência à ação química do óleo, resistindo à intensidade das pressões e ao atrito dos milhões de sobe e desce.

De maneira geral os mecânicos sabem muito bem quais são as peças de qualidade, até porque eles não serão ressarcidos pela mão de obra extra ou por qualquer outro dano causado em outra peça da suspensão caso tenham que substituí-las pela garantia.

Alguns reparadores simplesmente substituem o óleo e pintam a carcaça externa. Será esse um serviço de qualidade? Não. Fuja deles!

Estes mesmos cuidados se aplicam a outras peças de grande responsabilidade, passíveis de recondicionamento como caixas de direção, pinças de freio, pivôs, terminais, enfim, todas as peças que de alguma maneira possam colocar você e seus ocupantes do veículo em risco.

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