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Como lidar com falhas decepções e fracassos

Recentemente, tomei uma decisão pessoal com investimentos financeiros que deu um resultado negativo. Não só um pouco negativo, MUITO negativo. De me colocar dois ou três anos para trás no nosso planejamento familiar.

Acordava no meio da madrugada para revisar planilhas. Comecei a ranger os dentes ao dormir. Perdi completamente o tesão e o bom humor. Virei um zumbi monotemático: nada me interessava a não ser aquele tema específico.

Passei por todas as fases do luto: negação do problema, raiva, negociação, depressão. E, como sempre, saí do outro lado: aceitação.

Es lo que hay, dizem em espanhol. É o que temos. Vida segue e, como diria Freddie Mercury, the show must go on. Inside my heart is breaking, my make-up may be flaking, but my smile, still, stays on.

Aprendi algumas coisas com o fracasso na vida:

1) Atividade:

Não é a primeira vez nem vai ser a última em que faço algo que dá errado. Se fizer sempre tudo do mesmo jeito, você vai ter sempre os mesmos resultados. Enquanto estiver fazendo coisas novas e diferentes, enquanto estiver tentando, vai ter sempre a possibilidade de algo dar errado. Fracasso não é o contrário de sucesso. Fracasso FAZ PARTE do sucesso. Não fazer nada é a melhor forma de evitar falhas e fracassos. Mas isso, para mim, seria um fracasso ainda maior. Não é a vida que quero viver. Quando for bem velhinho, quero olhar para trás e falar ‘Ainda bem que tentei’. Prefiro um fracasso momentâneo de curto prazo ao fracasso permanente de não ter tentado. (E sempre lembrando que muitas coisas dão CERTO – mas só se você TENTAR!!!).

2) Perspectiva:

Enquanto eu estava preocupado com minhas perdas financeiras, um amigo faleceu de câncer. Isso dá uma perspectiva muito diferente, coloca seus pés de novo no chão e traz uma visão bem mais humanizada e filosófica da situação. Machucado, mas vivo, é algo importante de valorizar.

3) Aprendizado:

Nada ensina mais do que o fracasso. É chato, é dolorido, é intenso, é desconfortável, é humilhante, é constrangedor. Mas, se você estiver aberto, é o melhor professor que existe. Nada faz você revisar mais profundamente quem é, o que quer, como pensa, no que acredita do que ter certeza absoluta de uma coisa que depois deu errado. Encaro o fracasso como uma etapa a mais, como mais um degrau na jornada. O fracasso é um evento, não uma pessoa. Essa é uma das principais lições que tiro de tudo isso. Como disse Jon Sinclair, o fracasso é um raspão, não uma tatuagem. O fracasso não me define como pessoa. Define uma decisão que tomei e que posso melhorar.

4) Atitude:

Persistência, perseverança e resiliência aparecem em todas as listas de atitudes de sucesso. Mas, se você prestar atenção, vai notar que elas raramente aparecem quando está dando tudo certo. Aí fica fácil. Difícil mesmo é quando as coisas estão dando errado. Aí que aparece a importância dessas atitudes. Quem já passou por dificuldades de verdade na vida sabe como elas deixam cicatrizes e que essas cicatrizes podem definir, para o bem ou para o mal, quem somos. Eu olho para minhas cicatrizes como se fossem minhas companheiras de viagem: todas elas têm uma história, uma lição e uma lembrança de que já passamos por isso, o que reforça a crença no resultado final positivo e nas atitudes corretas para o momento. É fundamental aprender a lidar com os dias de tempestade que surgem enquanto buscamos os dias de sol.

5) Criatividade:

Os projetos mais lucrativos que lancei na minha vida surgiram quando eu estava no fundo do poço – financeiro e/ou emocional (geralmente os dois andam juntos). Por algum motivo que não entendo bem, depois do choque inicial e da fase zumbi, eu fico absurdamente energizado e criativo quando as coisas vão mal. Tenho ideias, faço coisas, apresento, crio, testo. Eu chamo isso de Usina Energética: é quando você pega energia, sentimentos e emoções negativas, joga na Usina Energética e usa como combustível para buscar algo melhor.

Quando as coisas estão indo bem tenho a tendência de buscar a evolução. Quando vão mal, busco a revolução. E daí surgem coisas incríveis que trazem resultados por anos e me levam a um patamar ainda mais alto. Simplesmente porque uso o chacoalhão do fracasso como impulso para criar coisas novas. Às vezes precisamos de um empurrãozinho para sair da zona de conforto. Às vezes precisamos de um chute na bunda. Seja qual for o estímulo, é um sinal de ‘hora de ligar o turbo’. Como disse Henry Ford, ‘o fracasso é a oportunidade de começar de novo de maneira mais inteligente’. Você também tem dentro de você sua Usina Energética: use-a!

6) Autoestima e confiança:

Outra lição importante do fracasso, para mim, é que ele reforça minha autoestima. Parece algo inconsistente, entretanto, para mim, faz sentido. Uma pessoa que nunca fracassou não é forte de verdade. Prefiro mil vezes alguém que conseguiu dar a volta por cima, que fez os ajustes necessários, que foi para a batalha e voltou a alguém sem cicatrizes. É como na guerra: tem gente que fez curso de formação de oficiais e aprendeu tudo sobre o inimigo lendo apostilas, assistindo aulas e vendo vídeos. E tem a pessoa que foi lá, no campo de batalha, e viu com os próprios olhos o que está acontecendo. São duas realidades bem diferentes. Quando tento algo que não dá certo, por ter passado outras vezes por isso, confio hoje muito mais em mim e sei que vou encontrar um caminho. Como diz o ditado japonês: caia 7 vezes, levante 8. Confie em você.

7) Coragem:

Esta é minha última lição – a importância de me manter corajoso. Tentei, fiz, não deu certo. Seria melhor não ter tentado? Poderia ter feito diferente? A verdade é que já foi. Fiz o melhor com o que eu tinha no momento. Dei um passo, tomei coragem, me posicionei. E não deu certo. Qual o próximo movimento? Para mim, depois de tantos anos, é claro: vamos de novo. É meu mantra pessoal nestes momentos, seja o que estiver fazendo. Vamos de novo.

Uma palestra que não foi tão boa como eu esperava, um webinário com menos gente do que planejava, um curso que não vendeu tanto quanto vendia antes, uma pessoa que contratamos e não deu certo, um fornecedor que prometeu muito, cobrou muito e entregou pouco, uma parceria com potencial incrível que não deu em nada… todos os dias passamos por essa gangorra emocional de fazermos planos que nos entusiasmam e enchem de energia, mas que depois vão se esvaziando, como bolas murchas.

Entusiasmo é seguido de frustração e a frustração, se não direcionada, pode ser muito negativa. Mas, bem direcionada, a frustração é excelente guia: é o seu cérebro falando ‘estou insatisfeito com o resultado’. Isso é excelente! É para ficar insatisfeito mesmo! A questão é: e agora?

E agora, VAMOS DE NOVO! De maneira mais inteligente, mais preparada, mais experiente. Mas vamos de novo!

Como disse Churchill, sucesso é ir tropeçando de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo. Para isso você precisa ter CORAGEM. De olhar-se no espelho e ser seu maior incentivador. Isso não é piegas nem autoajuda barata. É um dos grandes pilares do sucesso e de uma vida bem vivida: a coragem de ser quem você realmente é, de acreditar em si mesmo e de se incentivar a tentar mais uma vez. Vamos de novo? VAMOS!

Mais importante de tudo: lembre que você MERECE. Vejo muita gente justificando seu insucesso pois, no fundo, está se boicotando porque acha que não merece algo melhor. Merece sim. Seja seu maior amigo, não seu maior inimigo, e lembre-se da frase de Martin Luther King: “Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, engatinhe. Mas siga em frente”.

Ou, numa versão italiana mais divertida e descontraída:

Si el vigore va bene, avanti con el pene. Si el vigore amengua, avanti con la lengua. Si el vigore è nulo, avanti com el culo. Ma sempre avanti.

Termino com uma frase de Anaïs Nin: “a vida se expande ou encolhe em proporção direta à nossa CORAGEM”.

Coragem de tentar e, se não der certo, coragem de levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Tentamos, não deu certo. E agora?

Vamos de novo, que o show continua e temos uma missão a cumprir e pessoas para ajudar.

Vamos de novo, com coragem e persistência que o insucesso não nos define.

Vamos de novo, cometer novos erros diferentes, que o insucesso é só mais uma etapa que nos leva ao sucesso.

Mas vamos de novo. Porque isso é viver, e é isso que nos faz avançar e evoluir.

E você, o que aprendeu com grandes planos que não deram certo? Que aprendizados tirou e como isso fez você crescer?

Abraço, sucesso, boa semana e boa$ venda$,

Raul Candeloro
Diretor do Venda Mais

P.S. Quer que eu fale sobre isso com sua equipe? Entre em contato: [email protected]

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