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Tendências – Sabemos que a indústria automotiva enfrenta constantemente inúmeras formas de interrupção da cadeia de suprimentos, desde problemas de controle de qualidade a tecnologias emergentes. Após anos de reengenharia, de just in time  (produzir de acordo com a demanda) e de buscar o menor custo do serviço, a indústria automotiva busca resiliência na cadeia de suprimentos, adaptabilidade para que os fornecedores enfrentem as variações de demanda e a otimização do trinômio custo-qualidade-tempo. 

Antonio Carlos de Brito, Sr Principal, Infor Digital & Value Engineering

Apesar desses desafios, os fabricantes automotivos buscam oportunidades para introduzir produtos inovadores nos mercados globais, acompanhar as tendências em evolução e a demanda do consumidor. À medida que avançamos na era da Indústria 4.0, as montadoras de veículos devem introduzir, cada vez mais, as inovações digitais para impulsionar a eficiência em sua rede de fornecedores e acelerar a jornada digital nos negócios. 

Com isso, você deve se perguntar: como as montadoras e fornecedores podem driblar as forças concorrenciais, não apenas para manter seu negócio funcionando, mas também para obter uma vantagem competitiva? A resposta está em ter as pessoas, tecnologias e processos certos para fornecer três benefícios principais: visibilidade, colaboração e confiabilidade.

Vale ressaltar que as principais tendências para a cadeia de suprimentos na indústria automotiva envolvem a construção de confiança no sistema, o compartilhamento de dados de demanda e visibilidade de onde se encontram os materiais. Também pede uma reavaliação das táticas de just-in-time, com a adoção de buffers mais robustos na cadeia, com pulmões para que os entes da cadeia possam “respirar” com maior tranquilidade, e suportar as variações na oferta e na demanda. 

Abaixo, compartilho soluções essenciais para aumentar a visibilidade e a resiliência para uma cadeia de suprimentos mais adaptável e segura para este início do século XXI. Confira: 

Aumentando a visibilidade

  1. Para obter Visibilidade de ponta a ponta na cadeia de suprimentos, é necessário incluir também os fornecedores indiretos. Ou seja, capturar dados de cada “milestone” do produto, por exemplo quando a mercadoria entra no porto. A melhor forma para obter essa visibilidade é aderir a sistemas que encaminham dados sobre os produtos, compartilhando imediatamente a informação para que os interessados adotem as  providências necessárias;
  2. Usar mecanismos para obter dados como a Torre de Controle Logístico, que consiste na criação de uma central de integração, que auxilia na união de todas as informações necessárias para o gerenciamento dos processos logísticos;
  1. Simular cenários para variabilidade da demanda e suprimentos, ou seja, entender a capacidade de resposta, buscar a otimização de custos e analisar a prontidão para superar uma interrupção. Essas simulações são conduzidas em algoritmos de otimização, maximizando os resultados e obedecendo aos limites físicos informados. 

Incrementando a resiliência

  1. Incluir opções para mitigar a interrupção: cenários, visibilidade (advinda da conectividade), tempo de resposta, alternativas e redundância. Para isso, lançamos mão novamente dos recursos de otimização para se estimar as probabilidades de interrupção de atividades para cada cenário;
  2. Contratar fornecedores na modalidade on shore (fornecedores situados no mesmo país de seus clientes) para vencer os desafios de prazos de transportes;
  1. Manter um estoque de segurança mais elevado, criar buffers em outros armazéns;
  1. Manter fornecedores alternativos participando das entregas, com flexibilidade para atender parte da demanda na falta dos principais;
  1. Estabelecer equipes multifuncionais, em organização mais plana, com direitos de decisão nos níveis próximos da base.

Providenciando uma plataforma tecnológica adaptável e segura

  1. Adotar soluções na nuvem para ampliar o alcance dos usuários e dispor de capacidade de reação para lidar com os picos de transações sazonais – segurança, adição de capacidade de processamento, integração com equipamentos específicos de armazéns e com a mão de obra;
  2. Implantar e revisar processos para gestão de riscos;
  1. Cybersecurity: implantar e manter práticas de combate a crimes cibernéticos (invasões, malware, ransomware).

Contudo, é importante destacar que integrar essas medidas no negócio não se trata apenas de adotar soluções tecnológicas, mas sim de implementar políticas de estoques, selecionar fornecedores, gerenciar riscos, e, principalmente, promover o engajamento dos líderes, fazendo com que participem ativamente das decisões estratégicas. Dessa forma, acreditamos que a integração dos processos, organizações e sistemas são os combustíveis para que uma cadeia de suprimentos do setor automotivo alcance os objetivos pautados pela liderança das companhias e se destaque da concorrência.

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