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Foto da linha de montagem da GM com o modelo onix sendo montado

Leia sobre os dados divulgados sobre unidades de veículos leves e pesados vendidos, exportações e carros elétricos

14 de fevereiro de 2023 – Janeiro apontou que este pode ser um ano mais complicado, em termos de vendas, do que se previa. Mesmo com um dia a mais de comercialização do que o mesmo mês de 2022 foram vendidas 142.900 unidades de veículos leves e pesados, apenas 12,9% a mais em relação a uma base comparativa muito baixa de 12 meses atrás. O cenário indica dificuldades ao longo do ano pelo desequilíbrio entre demanda (em queda ou na melhor das hipóteses estagnada) e a produção que está próxima de superar as dificuldades com o suprimento de semicondutores.

Um bom termômetro é o estoque de 38 dias nos pátios dos fabricantes e concessionárias. Trata-se de um volume quase igual aos 40 dias em média com o qual a indústria costumava trabalhar antes dos problemas causadas pela pandemia da covid-19. Por outro lado, a boa notícia é a volta paulatina das promoções e melhores condições de financiamento subsidiado mesmo que as taxas de juros continuem muito altas, inibindo as vendas.

A estratégia de cada marca deve mudar, mas não de maneira uniforme. Algumas vão preferir oferecer financiamentos mais atraentes, outras manterão os preços inalterados por mais tempo, o que significa um preço real menor sem acompanhar a inflação. Diminuição dos preços sugeridos de tabela será alternativa pouco comum, porém já há um exemplo.

Para manter os níveis de produção e de emprego a Anfavea confia nas exportações que subiram 19,3% em relação a janeiro do ano passado. Ainda assim a entidade vê com cuidado um enfraquecimento da demanda no Chile e Colômbia. Nos países do Mercosul espera uma articulação entre os governos para fortalecer o bloco.

Quanto à perspectiva de produção de carros elétricos a bateria no Brasil, a Anfavea defende que para se tornar viável, em um momento difícil de prever, haverá necessidade de retirar a atual isenção do imposto de importação (II). Neste caso os modelos elétricos importados se submeteriam aos mesmos 35% de II que os veículos com motores a combustão.

Fernando Calmom
www.fernandocalmon.com.br
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