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Manual sobre correias – Parte 4 – Correias Sincronizadoras

O Brasil Mecânico chega a mais uma edição, e você que nos acompanhou nos últimos meses já sabe que agora chegou a vez de falarmos de Correias Sincronizadoras. O componente foi responsável por uma das várias grandes transformações que os veículos sofreram em sua história. Fique ligado e aprenda um pouco mais sobre o item.

O que é e para que serve

O uso das correias sincronizadas deu-se no início dos anos 60, substituindo o sistema com correntes. Sua principal característica é uma transmissão mais silenciosa e de fácil manutenção.

Tem a função de manter o sincronismo do motor, entre a Árvore de Manivela (Virabrequim) e o Comando de Válvulas, garantindo uma ótima queima do combustível, torque e potência.

Sua aplicação é no comando de válvula e no eixo balanceador.

Este tipo de correia é composto por:

> Cordonéis de fibra de vidro – Tem como função dar resistência a correia.
> Tecido de proteção – Tem a função de dar resistência ao desgaste dos dentes, garantindo a durabilidade da correia.
> Núcleo em composto de borracha (policloropreno e HNBR) – E a parte da correia que entra em contato com os rolamentos e tensores, protege os Cordonéis e também possui a característica de manter o formato dos dentes (perfil).

Problemas e Soluções

Trincas no dorso da correia: É causado pela alta temperatura. O dorso da correia fica brilhoso e apresenta trincas.

Solução: Substituir a correia, verificando o modelo adequado da correia, estado dos rolamentos e período de troca da correia.

Cortes nos Dentes: Ocorre quando a correia é aplicada com tensão incorreta, travamento de comando ou polias gastas.
Solução: Substituir a correia e verificar a tensão e o estado das polias.

Corte na aérea dos dentes: É causado pela presença de elemento estranho entre a correia e a polia.

Solução: Substituir a correia e verificar limpeza das polias.
Brilho no dorso: E causado pelo excesso de tensão aplicado na correia.

Solução: Substituir a correia e aplicar a tensão correta.

Ruptura dos dentes: E provocado por polias gastas ou defeituosas.

Solução: Trocar as polias.

Desgaste Lateral: Ocorre quando a correia trabalha com os componentes de transmissão desalinhados.

Solução: Substituir a correia e verificar o perfeito alinhamento das polias e tensionadores.

Quebra por vinco: A quebra dos cordonéis de fibra de vidro provoca o rompimento linear da correia. Essa fibra é quebrada por dobra ou torção excessiva.

Solução: A correia deve ser armazenada dentro de sua embalagem original. O aplicador só deve retirar a correia da embalagem no momento da instalação, tomando cuidado com seu manuseio afim de evitar a quebra da fibra de vidro.

Desprendimento dos dentes: Ocorre quando há o travamento do comando de válvulas ou outro componente do conjunto. Geralmente são desprendidos os dentes na região da polia do virabrequim.

Solução: Substituir a correia e verificar o sistema de lubrificação do motor, bem como o estado da bomba d’água e/ou bomba injetora.

Quebra irregular dos cordonéis: Ocorre quando a correia é aplicada com excesso de tensão, por presença de elemento estranho entre a correia e as polias ou por travamento de algum componente do conjunto de transmissão de força. Solução:

Solução: Substituir a correia verificando a tensão correta, o estado das polias e demais componentes do conjunto de transmissão de força.

Desgaste no dorso: Geralmente causado pelo travamento do rolamento.

Solução: Ao substituir a correia verifique sempre os tensionadores

Barulho: Ocorre quando a correia trabalha com tensão incorreta (alta ou baixa).

Solução: Aplicar a tensão correta.

Próxima edições:

Na próxima edição, o Brasil Mecânico vai continuar falando sobre as Correias Sincronizadas. Falaremos sobre os Perfis, Tensionamento, Procedimentos Incorretos, Armazenagem e daremos dicas para a montagem. Até lá!

Edição Setembro:

Correias Sincronizadoras (continuação)

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