A junta homocinética é, como o Brasil Mecânico já frisou anteriormente, um componente imprescindível para o veículo e que assombra os motoristas.
Para você, reparador, não chega a ser nada de tirar o sono, mas exige certo trabalho. Pois bem, tem uma forma de você não perder seu cliente, mas conseguir fazer um trabalho preventivo que vai lhe garantir mais serviços, que apesar de serem menores, são menos trabalhosos e vão deixar tanto você quanto o cliente satisfeitos.
Por que tantos problemas?
O maior número de ocorrências de quebra da junta homocinética não está relacionado há problemas com o componente em si. As ocorrências na maioria das vezes estão relacionadas a outros componentes do sistema de transmissão ou suspensão.
A junta deslizante fica no lado do câmbio e devido a sua aparência também é chamada de “bolachão” pelo mercado de reposição. As características construtivas dessas juntas permitem que o semieixo homocinético sofra variações no seu comprimento (daí o nome deslizante) para poder acompanhar e compensar os movimentos da suspensão do veículo.
As principais causas de quebra do componente são :
- Carro rebaixado altera o ângulo do semieixo e provoca a quebra da homocinética deslizante, aplicada no lado câmbio.
- Coxim do motor e/ou câmbio quebrado causa desalinhamento do conjunto e posterior quebra da junta.
- Longarina empenada ou quebrada assim como os coxins, provoca desalinhamento do conjunto e posterior quebra da junta.
- Cambagem
fora de medida. - Na junta fixa (lado da roda) a maioria das quebras estão relacionadas ao excesso de torque aplicado na porca de fixação do cubo ou quando o veículo esterça mais para um dos lados, descentralização.
“Quando a quebra da junta ocorre por interferência nos seus ângulos operacionais às cargas de trabalho deixam marcas nos anéis interno e externo. Essas marcas facilitam a interpretação da causa da falha. A regra básica é não deixar de fazer uma inspeção detalhada nos demais componentes da suspensão e nos coxins de motor e câmbio antes de substituir as juntas homocinéticas. Após a conclusão do reparo é necessário fazer o alinhamento do veículo”, orienta Jair Silva, gerente de qualidade e serviços da Nakata, uma das maiores fabricantes e referência em suspensão no país.
Para evitar uma segunda troca desnecessária, ao substituir uma junta quebrada, faça uma verificação completa do sistema de suspensão e transmissão. Não deixe de consultar as causas relacionadas substituindo as peças com problema.
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