Estudos da CNT mostram que investir em reaproveitamento de água na lavagem de ônibus representa uma grande economia para as empresas e para o meio ambiente. A Sondagem CNT de Gestão Hídrica foi realizada entre 6 de dezembro de 2016 e 19 de janeiro de 2017. A partir dos resultados obtidos, a Confederação criou um manual técnico e um simulador que vão orientar as empresas de transporte de passageiros por ônibus urbanos e rodoviários a reduzir ainda mais o consumo de água nas garagens.
A frota brasileira é composta de mais de 180 mil ônibus. A cada lavagem de toda a frota, são utilizados aproximadamente 63 milhões de litros de água. De acordo com a CNT, os sistemas de reúso já implantados nas empresas geram uma economia de 32 milhões de litros de água (50,6% do total gasto) a cada ciclo de lavagem de todos os ônibus. Essa economia corresponde ao consumo diário de uma cidade de aproximadamente 200 mil habitantes, como, por exemplo, Cabo Frio (RJ), considerando o gasto médio de 154 litros por habitante por dia.
Conforme a CNT, a tecnologia atual de reúso permite o reaproveitamento de aproximadamente 80% da água utilizada na lavagem de ônibus urbanos e rodoviários. Pelos cálculos da Confederação, se todas as empresas de transporte de passageiros adotarem o reúso, a economia de água poderá chegar a 51 milhões de litros a cada ciclo de lavagem de toda a frota – o que corresponde ao consumo diário de uma cidade como Olinda (PE).
Cabe destacar que a economia atual (32 milhões de litros por ciclo de lavagem) já corresponde a 63,3% do total de economia que seria possível (51 milhões de litros) na lavagem de ônibus, caso todas as empresas brasileiras implementassem sistemas de reúso.
“Neste momento, em que a escassez de água é uma preocupação global e quando algumas cidades brasileiras passam por racionamento, as empresas de transporte de passageiros por ônibus já mostram significativo comprometimento com o uso racional da água. Com a divulgação da Sondagem CNT de Gestão Hídrica, do Manual e do Simulador, acreditamos que mais empresas se qualificarão para reduzir o consumo de água, reforçando suas ações de sustentabilidade ”, diz o presidente da CNT, Clésio Andrade.
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