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A indústria automobilística mundial deverá enfrentar grandes desafios nos próximos anos, com a mudança de foco hoje exclusiva para a venda de produtos para, cada vez mais, a prestação de serviços.

Conectividade nos veículos – As projeções mundiais para o setor preveem um crescimento paulatino dos serviços a serem prestados pelas empresas, que representarão cerca de 30% da receita total dos fabricantes de veículos até o ano 2025, afirma o coordenador de MBA de Gestão Estratégica de Empresas da Cadeia Automotiva da FGV, Antônio Jorge Martins.

A mudança de foco deve-se prioritariamente ao crescimento vertiginoso da conectividade nos veículos desenvolvidos pelo setor automotivo, cujo ápice será o uso dos autônomos, que se acham em fase de testes em vários países, incluindo o Brasil.

Deve-se destacar que a autonomia veicular estará presente em máquinas agrícolas, automóveis, ônibus e caminhões, contribuindo de forma significativa para o aumento da produtividade de diversos segmentos industriais e de serviços.

As aplicações previstas para se usufruir dessa inovação ultrapassam todos os limites previstos, passando pelo aumento da segurança, elevação do consumo de bens, realização de reuniões e jogos online, redução do estresse, leitura pessoal e profissional, além da prestação de novos serviços a serem oferecidos pelos próprios fabricantes.

O coordenador de MBA de Cadeia Automotiva da FGV lembra ainda que a demanda nacional se apresenta como uma das mais promissoras do mercado automobilístico mundial, devendo contribuir para a evolução tecnológica e o desenvolvimento de novas aplicações de serviços.

“O peso significativo do nosso País para os negócios automotivos mundiais pode ser atestado pela plataforma de exportação mundial já existente, bem como pelo fato de que não tivemos nenhuma grande montadora se afastando desse mercado mesmo com a queda acentuada nas vendas de automóveis (36%) e de caminhões (68%) nos últimos anos”, explica ele.

“Outro fator de peso em favor do nosso mercado é a relação do número de habitantes por veículo. No Brasil, é de 5 por 1, enquanto nos países desenvolvidos a relação é de 1 por 1, e na vizinha Argentina, de 3 por 1”.

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