O resumo e a expressão mais comentada no chat do webinário sobre CORAGEM que fiz na semana passada foi uma frase da Anaïs Nin que gosto muito, que diz “A vida expande ou encolhe de acordo com nossa coragem”.
Acredito muito que coragem expande possibilidades e abre portas.
Mas é superimportante destacar que não existe coragem sem MEDO.
Medo é nosso mecanismo de defesa, um alerta para perigos e desafios. Medo é excelente conselheiro, mas péssimo decisor. No fundo, medo, é storytelling. É uma parte do nosso cérebro criando uma história mental com uma projeção negativa do futuro.
Algumas pessoas que assistiram ao webinário depois comentaram que não usavam ‘medo’, mas ‘insegurança’, para descrever sua situação. Entendo insegurança como um nível mais suave do medo. Mas continua sendo medo. Medinho, talvez?
Pense bem nisso. De onde vem a insegurança, onde e quando surge?
No cenário corporativo, diversos tipos de medo causam insegurança:
- Medo do fracasso;
- Medo do ridículo;
- Medo do isolamento;
- Medo de ir contra (o chefe, o grupo, a cultura, o consenso);
- Medo da rejeição;
- Medo da perda (real ou imaginária…).
Esses medos todos levam naturalmente à insegurança, à paralisia e muitas vezes até mesmo ao estresse – é extremamente cansativo viver permanentemente inseguro/a.
Vivemos num mundo em que somos bombardeados todos os dias por notícias e influências negativas. Nosso cérebro primitivo acaba sendo estimulado a praticar e viver permanentemente em alerta contra todos os perigos reais e imaginários possíveis.
Acaba sendo exaustivo. Ninguém consegue viver permanentemente em alerta total, sob ataque de tudo de ruim e negativo que pode acontecer.
Pior: um dos efeitos do medo é justamente o FOCO no negativo e no perigo. Pode notar como um animal, ao sentir o perigo, imediatamente paralisa, mas de maneira ALERTA. Foco total em detectar o perigo. Afinal de contas, sua sobrevivência depende disso.
Ao permitirmos que o medo sequestre (esse é o termo correto) nosso foco e nossos sentidos, nos fechamos para todas as outras possibilidades positivas que existem.
Medo se autoalimenta e, se deixarmos, fica obsessivo. Medo também tem a tendência a terceirizar a responsabilidade da solução.
Uma das formas do medo chamar mais a sua atenção é justamente aumentando o perigo e diminuindo sua percepção da capacidade de lidar com aquilo. A tendência então é paralisar, fugir ou torcer para que alguém ou alguma coisa me salve.
“Vou ficar quietinho aqui e esperar que passe.”
O medo coloca a pessoa numa posição passiva e preferindo o pequeno desconforto do presente incômodo do que um possível perigo mais à frente.
O storytelling do medo, de fazer a projeção mental de um futuro negativo, nos preserva, mas não nos deixa evoluir. A consequência disso é sempre um futuro pequeno, limitado, encolhido.
Coragem
Enfim definida como agir apesar do medo, nos leva a assumir a responsabilidade pela melhoria.
Tem a ver com iniciativa, com ação, com todas as outras atitudes como resiliência, persistência, criatividade.
Me leva a agir agora porque quero um futuro melhor, quero abrir possibilidades e ampliar oportunidades.
Inclusive, está 100% alinhada à missão, visão, valores. Em acreditar em algo maior do que só trocar produtos e serviços por dinheiro.
O que realmente nos alimenta e estimula nos momentos?
Então se o sucesso é feito de altos e baixos, o que realmente nos alimenta a alma e estimula nos momentos baixos?
E assim o que faz com que não nos acomodemos nos momentos altos?
Coragem é, no fundo, a vitória da esperança. Não existe um futuro melhor sem coragem. Pense nisso.
Para terminar, comentário forte de uma pessoa que estava no webinário: “coragem para finalizar uma etapa da nossa vida e abrir espaço de evoluir para a próxima”.
Pode perceber: tudo que temos realmente de valor na nossa vida tem uma dose de coragem ali. É mais disso que precisamos.
A vida expande ou encolhe de acordo com nossa coragem.
Abraço corajoso, energizado e otimista,
Venda Mais
Diretor Raul Candeloro
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