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O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) divulgou, no início de janeiro, o resultado da balança comercial brasileira em 2016. Com exportações de US$ 185,244 bilhões e importações de US$ 137,552, o superávit foi de US$ 47,692 bilhões, melhor resultado da história.

O maior saldo comercial registrado anteriormente havia sido em 2006, quando alcançou US$ 46,5 bilhões.

No ano, as exportações apresentaram média diária de US$ 738 milhões, valor que foi 3,5% menor que o registrado em 2015 (US$ 764,5 milhões). No período, houve crescimento de produtos semimanufaturados (5,2%) e manufaturados (1,2%). Enquanto caíram as vendas externas de básicos (-9,6%).

O secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, explicou a importância das exportações para o resultado desses números: “o superávit é resultado de um desempenho melhor das exportações em comparação com as importações.

Apesar de uma queda no valor total das exportações em 3,5%, houve aumento das exportações de produtos industrializados e também das quantidades exportadas pelo Brasil, atingindo um patamar recorde”, afirmou.

No grupo de produtos industrializados, que engloba os semimanufaturados e os manufaturados, se destacaram alguns itens ligados ao setor automotivo como plataformas de petróleo (86,9%), automóveis de passageiros (38,2%), veículos de carga (27,1%) e pneus (3,1%).

Na avaliação de Abrão, a previsão é que haja crescimento das exportações em 2017. “Olhando para 2017, com expectativa de aumento das exportações e importações, e de novo com superávit, nós teremos um cenário melhor que o registrado no ano passado”, disse.

Do lado das importações, o desempenho foi 20,1% abaixo do verificado em 2015. Entretanto, a Secretaria de Comércio Exterior percebeu que ao longo do ano houve uma queda progressiva na redução dos índices de importação. Avaliando-se a performance por trimestres, observa-se o seguinte: -33,4% no primeiro trimestre, -23,9% no segundo e -13,2% e -6,1% nos trimestres subsequentes. A maior queda foi nas compras externas de combustíveis e lubrificantes (-43,1%).

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